sexta-feira, 31 de julho de 2009

PROPAGANDA X WEB 2.0



Acompanhando a evolução da propaganda na internet, é possível nos entusiasmar com as numerosas funções de marketing e atividades comerciais sendo desenvolvidas ao longo dos anos na web (e o mais importante de tudo, com sucesso). A internet deixou de ser apenas uma ferramenta usada para realizar pesquisas e visitar sites de empresas, para se tornar mais um meio de divulgação. Tornou-se uma ferramenta lucrativa para a publicidade.

Conforme exposto por Dayane e Adriane Martins no artigo, houve necessidade de mudanças na maneira de fazer propaganda na internet (antes com banners, pop-ups e hoje, além dos formatos tradicionais, com os virais). Foi com o dinamismo e com a interatividade da web que o modelo emissor/mensagem/receptor foi quebrado, dando oportunidade do receptor da mensagem responder "todos na internet são emissores e receptores ao mesmo tempo". RELACIONAMENTO é a palavra chave.

A web 2.0, como um acessório de busca para soluções de interatividade, busca facilitar a nossa vida como "consumidores" de informação rápida e constante. Com YouTube, Facebook, MySpace, e mais recentemente, o Twitter (que nada mais é do que um meio de fornecer informação rápida e constante) à disposição, a empresa não pode simplesmente comunicar na internet (como num simples site, por exemplo), ela precisa interagir com o cliente.

São estas ferramentas online que estão dando espaço à publicidade:

Links Patrocinados
Os links patrocinados influenciam o clique do usuário e "possibilita a escolha demográfica do público impactado e os horários da publicação". É uma ferramenta interessante e cada tema pesquisado pelo usuário trás uma relação de links no canto direito da página, que são relacionados com o tema.

Redes Sociais
O Orkut é uma das redes sociais mais usada no Brasil e ela dá possibilidade aos usuários de criarem comunidades virtuais. Muitas destas comunidades são relacionadas a produtos (amo ou odeio) e o legal é a empresa procurar entender qual o problema de quem critica para tentar solucionar.

Marketing Viral


As empresas criam canais no YouTube, onde divulgam, além de seus comerciais, promoções, dicas e making offs de algumas campanhas da marca (como a Boticário). É um recurso para a divulgação dos produtos e/ou serviços com interatividade. O consumidor vê o vídeo, gosta, e passa adiante (isso é viral). A força deste meio é principalmente devido ao "conteúdo colaborativo e à segmentação precisa". Você pode ver esse exemplo de contribuição no canal da Skol no YouTube, criado especialmente para a promoção do dia do amigo "Roda de Amigos Mais Redonda do Planeta", onde há vários vídeos fornecidos pelos consumidores, participando do concurso.

É isso, devido essa mudança da web, a propaganda mudou também, pois os consumidores têm necessidade de "interagir, participar e sugerir", seja com um vídeo, seja com um post num blog.



Referência:
MARTINS, Dayane Pereira; MARTINS, Adriane F. PROPAGANDA X WEB 2.0. Disponivel em: < http://intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2009/resumos/R14-0089-1.pdf > Acesso em 21 jul. 2009.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Jornalismo investigativo: Tipo de especialização ou síntese da mítica da profissão?

Após a retirada da censura prévia em órgãos da grande imprensa e com o início da abertura política no Brasil, o jornalismo nacional toma um novo rumo: descobrir crimes vinculados a ditadura militar.
Essa busca resulta não na criação, mas na valorização do repórter investigador. Conforme muitos autores todo jornalismo é investigativo, porém com esse advento, no Brasil, passa-se a diferenciar o jornalismo investigativo, como uma categoria particular na profissão. Segundo Sequeira (2005) há essa distinção, pois o jornalista investigativo emprega estratégias operacionais e técnicas de captação de informações que o diferenciam de outros modelos de reportagem.
No Brasil, conceituar jornalismo investigativo é recente e muito se observou e copiou do jornalismo dos Estados Unidos da América, por exemplo, com o famoso caso Watergate. Pode-se até dizer que esse episódio serviu de inspiração para muitos jornalistas, que perceberam nessa categoria a chance de poder mostrar a população o lado obscuro de muitas ocorrências, dando a eles a chance de mudar tal situação.
Através do artigo percebe-se que a população aprovou esses repórteres, pois tinham eles como guardiões da sociedade. Viam neles a única possibilidade de conhecer o outro lado da historia e assim poder refazê-la.
Consolidado o jornalismo investigativo como categoria, surgiram três gêneros: a reportagem investigativa original: empenho pessoal do repórter em obter informações de interesse público, que pessoas ou instituições tentam manter em segredo; a reportagem investigativa interpretativa: o objetivo é contextualizar a informação e explorar, com reflexão e análise, todas as dimensões do assunto; a reportagem sobre investigações: se apóia na descoberta ou vazamento da informação oficial ou em andamento, apoiado nas informações de Kovach e Rosenstiel.
Questão importante levantada por Williams é o “denuncismo”: publicação de denúncias sem evidências, a partir de informações sigilosas passadas por fontes oficiais. Tal fato leva a deformação do jornalismo investigativo.
No artigo também é descrito sobre as etapas para a elaboração de uma reportagem investigativa e um dos critérios que alguns autores convergem é sobre a o planejamento, ficando evidente sua importância.
Para Queseda não há uma metodologia de trabalho rígida ou padrão no jornalismo investigativo, pois cada repórter lança mão de estratégias próprias de apuração, de acordo com o assunto abordado.
O olfato inquisitivo e a intuição são relevantes para o repórter investigativo, que são características que os diferem de outros profissionais da área.
Em uma redação, o repórter investigativo tem maior poder simbólico, perante o editor chefe. Isso pode ser uma das causas dessa categoria causar tantas polemicas e ser concorrida. Bem como o fato de o profissional investigativo ser um representante dos interesses do cidadão, assim percebido pela sociedade, que causa sensação de status.
Esse é um tema que precisa ser muito debatido, que apesar de existir uma associação específica para debates, cursos e apoios, ainda falta estabelecer e definir algumas questões.

Referência:

CASTILHO, Marcio de Souza. Jornalismo Jornalismo investigativo:Tipo de especialização ou síntese da mítica da profissão? Disponivel em: Acesso em 29 jul. 2009.

Dicas de Fotografia

Resenha Livro: Guia Completo de Fotografia

Autor: John Hedgecoe


Para fotografar lugares são usadas grandes variedades de ângulos afim de revelar diferentes aspectos de um mesmo local. Não basta escolher belas paisagens, mas também é preciso saber quando é propício para se fotografar aquele local.
A iluminação e as condições de tempo podem causar grandes mudanças na fotografia de um mesmo ambiente, basta saber usá-la. Um mesmo local fotografado logo de manhã e depois ao anoitecer, pode causar uma grande surpresa pois as diferentes iluminações mudam completamente a visão do lugar.
Ficar satisfeito com uma única foto de um lugar exótico, como as pirâmides do Egito por exemplo,não basta. Esse é o tipico lugar que você pode e deve explorar ao máximo todos os ângulos possíveis. Uma foto feita de frente para o local, mostra apenas um lado sendo que ele é formado por vários. Se você fotografar o mesmo local, descentralizando a imagem central e usando algo que esteja por perto como foto, a fotografia já terá um aspecto totalmente diferente ou ainda você pode aproveitar as mudanças de tempo para deixar a foto com outro visual. Um castelo fotografado durante o dia, passa a impressão de um lugar nobre onde vivem boas pessoas, mas se esse mesmo castelo, for fotografado a noite, quando a chuva cai e e os trovões clareiam a escuridão da noite, a impressão que teremos será de um lugar assustador do qual queremos nos manter bem longe.
A intensidade das cores pode causar efeitos diferenciados em casa tipo de fotografia. Quando capturamos uma imagem na qual as cores de misturam, o resultado pode ser o que chamamos de paisagem monocromática. Os vários verdes que compõe uma paisagem cheia de árvores ou áreas de telhado vermelho caracterizam a multiplicidade urbana nas cidades.
Falando em cores, a abordagem do preto-e-branco pode deixar a imagem com cara de fotografia antiga sem contar que ela também efeitos que as fotos coloridas não proporcionam como as silhuetas. A forma tende a se reforçar quando é vista contra o sol impossibilitando que os detalhes da imagem apareçam deixando assim, um mistério no ar.
Se o sol estiver incluído na fotografia, é preciso ter alguns cuidados. Olhar diretamente para ele através do visor da câmera é tão perigoso quanto olhá-lo a olho nu. Quando se trata de paisagens, principalmente se for um entardecer o sol é algo que pode deixar sua imagem perfeita. Há vários modos de fotografar o sol. Pode ser explorando o contraste dele com o ambiente ao seu redor, como as nuvens ou ainda os prédios, dependendo de como você o vê. Mas além de fotografar o sol, você ainda pode aproveitar os rastros que ele deixa depois que se põe. Geralmente deixa cores como rosa, alaranjado e até uns tons de vermelho que deixam o céu com um belo visual.
Quando o sol se vai e seus rastros de cores no céu desaparecem, só restam as luzes produzidas por nós ou então grandes aberturas das objetivas com ajuda de um flash muito forte para iluminar as paisagens noturnas.
As fotografias urbanas trazer riqueza e diversidade de temas que podem transformar uma simples rua em um cenário disputado para fotógrafos. Prédios, casas, pessoas, animais perdidos pelas cidades podem enriquecem as fotos. Um arranha-céus fotografado de baixo, nos faz perceber sua altura sem que alguém nos diga qual é seu tamanho, dando impressão de profundidade a imagem. Registrar um local de dentro para fora, como uma entrada de um templo, faz com que a imagem ganhe uma moldura natural.
A fotografia em si é registrar a imagem de alguém ou algum lugar que lhe agrade. Mas dependendo de onde for, é possível explora-lo de várias formas. Lugares como catedrais que foram construídos com muitos detalhes, são ótimas opções para explorar diversos ângulos fotográficos. A capacidade da câmera de isolar o detalhe é que a torna um instrumento único mas para isso, é preciso que o fotógrafo saiba reconhecer esses pequenos detalhes.
Ao fotografar interiores, é preciso se decidir entre usar a luz natura vinda das portas e janelas ou a luz artificial, como os flashes entre outras unidades de iluminação. Quanto maior o ambiente e menor a quantidade de luz que penetra nele, sendo ela natural, mais diferença de uma foto pra outra pois, quando a luz é natural ela tende a iluminar diretamente determinados locais e objetos, enquanto a luz artificial geralmente ilumina tudo de uma vez fazendo com que os detalhes de sombra, desaparecem.
Todos os locas que você fotografa, devem ter algo que chame mais atenção mas quando esses locais são fotografados com pessoas, a foto ganha vida. Você pode focar tanto em algum objeto do local, quanto na própria pessoa, basta saber escolher o que será melhor para o tipo de foto que você deseja.


Referência:
HEDGECOE, John. Guia Completo de Fotografia. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

A Arte de Investigar

FORTES, Leandro. Jornalismo Investigativo. São Paulo: Contexto, 2005

Dá-se o nome de Jornalismo Investigativo (ou de Investigação), “à prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar noticia”(1).

O livro do jornalista e professor Leandro Fortes, Jornalismo Investigativo trata-se de como deve ser o relacionamento com as fontes? Qual a responsabilidade do jornalista com o leitor? Como levar em conta as bases éticas de uma atividade que tende a se misturar com uma mais próxima do trabalho policial do que, do jornalismo?

O livro tem uma linguagem formal, simples e de fácil entendimento. Outra característica importante da obra é que o autor traz dicas e sugestões para jornalistas melhorarem seus textos. Além é claro da divisão em fases, que ele faz para nos mostrar o que diferencia o jornalismo investigativo dos demais setores da atividade.
Achei a leitura válida. Mostra- nos as técnicas de como fazer uma reportagem investigativa, seja de jornal, rádio, TV ou internet. Como por exemplo: o tempo de duração, a pesquisa minuciosa de cada fato a paciência e concentração, Insistência e perseverança, o Conhecimento policial básico, a Discrição, a Lealdade ao Leitor, enfim várias outras técnicas indispensáveis para quem quer seguir esse nicho do jornalismo.

Além de fornecer todas essas orientações e responder a todas as questões do primeiro parágrafo, o autor também nos apresentam suas principais reportagens investigativas. Talvez a que tenha me chamado mais a atenção tenha sido a mais simples, mas a que de fato mostra a importância do trabalho diferenciado do jornalismo investigativo. Estou falando do primeiro capitulo do livro onde o autor nos leva para Salvador na sua primeira reportagem investigativa. O personagem da história era um cão Cocker spniel de um ano de idade.

O caso começou quando os moradores de um prédio em Nazaré, bairro de classe média baixa de Salvador levaram para redação da Tribuna, um abaixo-assinado contra o condôminio do nono andar , um fiscal a prefeitura que mantinha um cachorro histérico dentro do apartamento que latia dia e noite. Os moradores estavam indignados com o barulho e o dono do cão ignorava os apelos dos vizinhos.
Foi assim que o caso chegou às mãos do Leandro Fortes naquela época repórter estagiário e ali começava sua primeira reportagem investigativa; saber por que o cachorro do fiscal latia tanto.

Ao chegar ao condomínio nem o fiscal nem a família dele estavam em casa. E quem recebeu o repórter e o fotografo foi a empregada que não queria de jeito nenhum que os dois entrassem no apartamento. Após vinte minutos de conversa mole que os dois conseguiram convencê-la. E depois de subir as escadas eles depararam com o cão amarrado ao encanamento metálico de um tanque de lavar roupa. Sheik era esse o nome do cão. Criado solto em um sítio, não conhecia as regras do cativeiro e, a cada volta que dava em torno de si, distanciava-se mais e mais das vasilhas de água e comida. Daí a justificativa porque o bicho latia e gania feito um lobo, estava com fome e sede. Coitado do Sheik de cachorro histérico passou a ser a vitima.

De acordo com os dados deste livro acredito que o jornalismo investigativo não é só tratar de uma investigação complexa onde envolve desvio de verbas públicas, crimes ambientais, prostituição de menores, ou a ação dos traficantes nos morros das grandes cidades do nosso país. Mas também de tratar de simples investigações que ajudar a melhorar a sociedade de forma em geral. Passando pelos fatos pitorescos aos mais complicados.

E com essas ações do jornalismo que vejo a responsabilidade de nossa profissão diante a sociedade. Uma simples missão do repórter livrou o cão da morte e os moradores do condomínio da barulhada. Uma frase do jornalista Alberto Dines descrita nesse mesmo livro define o que quero dizer: "Antes de dormir, pergunte a você mesmo se naquele dia ajudou a humanidade".
(1) Disponível em: Acesso em: 30 jul. 2009.

A internet e o novo jornalista

Resenha:
AROSO, Inês Mendes Moreira. A Internet e o novo papel do jornalista.
Disponivel em:<http://www.bocc.ubi.pt/pag/bianco-nelia-internet-mudanca-jornalismo.pdf> Acesso em: 30 jul. 2009.

Através da ideia de mostrar o novo papel do jornalista na era do mundo digital a autora Inês Mendes Moreira Aroso leva o leitor a uma grande reflexão. A escritora aborda dois grandes temas: a competência do jornalista e o questionamento sobre a possibilidade do fim deste profissional.

Segundo Inês Mendes, a internet, além de transformar o mundo, modifica também o jornalista. Entre os autores que ela destaca no artigo está avlik (2001). Para ele, são três as mutações no papel do jornalista: “O jornalista tem que ser mais do que um contador de factos, o papel do jornalista como intérprete dos acontecimentos será expandido e em parte modificado e os jornalistas online terão um papel central na ligação entre as comunidades”.(p. 01)

Para a maioria dos escritores citados pela autora no artigo, o profissional multimídia é o mais moldado para o novo papel do jornalista na era digital. Um dos citados é Christopher Harper (1998). Ele exemplifica: “Na edição eletrônica, o repórter leva consigo uma caneta, um bloco de notas, um gravador de áudio, uma máquina fotográfica digital e por vezes uma câmara de filmar de uso doméstico”. (p. 02)

O momento mais “tenso” do artigo é no segundo tópico abordado. A autora Inês Mendes questiona: o fim do jornalista? A maioria das teses citadas confirma que este profissional não irá sumir do mapa por causa da internet. Para alguns escritores o jornalista poderá sofrer uma espécie de reciclagem, mas sempre será fundamental no mundo digital. Uma das questões abordadas é a infinidade de informações disponibilizadas na grande rede. Grande parte dos autores citado no artigo defende a existência do jornalista para dar credibilidade à notícia. Para Anabela Gradim (2000) “o maior capital de um jornal, e o único do jornalista, é o seu brand name, uma reputação profissional impoluta, a credibilidade junto dos leitores e a confiança conquistada ao longo dos anos”.(p. 05)

Na era digital, o jornalista precisa acima de tudo, acompanhar as mudanças e observar as tendências do futuro. Existe a necessidade de reciclagem, principalmente em relação a utilização de diferentes mídias. Quem não fizer isso corre um sério risco de ficar para traz. Mas a autora aborda de forma interessante o tema. O artigo foi bem produzido com diversas opiniões e citações. Desta forma, autora força o leitor a criar uma sensação de “será que estou no caminho certo?”.

Comunicação empresarial nas organizações

Resenha:
PESSOA, Sônia. Comunicação empresarial, uma ferramenta estratégica. Disponível em <http://bocc.ubi.pt/pag/pessoa-sonia-comunicacao-empresarial-estrategica.pdf> Acesso em 29 de julho de 2009.

A comunicação empresarial tem se tornado cada vez mais uma ferramenta estratégica para as organizações. É através dela que as instituições mostram seu portfólio, o que vem fazendo e criam uma imagem positiva – ou ás vezes – negativa diante da imprensa e população. O artigo Comunicação Empresarial: uma ferramenta estratégica, da jornalista Sônia Pessoa, discute o que é comunicação empresarial e sua importância para o sucesso das empresas contemporâneas.

As primeiras ações de comunicação empresarial ocorreram nos Estados Unidos, em 1906, com o jornalista Ivy Lee. Ivy teve a missão de recuperar a credibilidade do empresário John. Rockfeller, acusado de combater as pequenas e médias organizações. A solução encontrada pelo jornalista foi garantir a publicação de noticias empresariais nos espaços editoriais e não nos publicitários.

Ivy, de acordo com Cláudio Amaral (1999 apud PESSOA) criou para isso uma carta de princípios, válido até hoje: “este não é um serviço de assessoria secreto. Todo o nosso trabalho é feito às claras. Nós pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é um gerenciamento de anúncios”. O trabalho para Rockfeller se tornou anos mais tarde case de sucesso.

No Brasil, a comunicação empresarial teve inicio na década de 50, motivada pela instalação de indústrias e de agências de publicidade. Estas mudanças impulsionaram o mercado e motivaram profissionais como Rolim Valença, que teria sido o primeiro relações-públicas brasileiro.

Com o passar dos anos a profissionalização da comunicação tem tomado conta das empresas. O jornalista e escritor Paulo Nassau (1995 apud PESSOA) diz que a comunicação empresarial não pode ser encarada simplesmente como um conjunto de métodos e técnicas de comunicação dentro da empresa dirigida ao público interno (funcionários) e externo (clientes, consumidores). Este tipo de comunicação funciona como um elo entre a comunidade e o mercado.

A comunicação nas organizações deve ser integrada, envolvendo várias ações. O que se procura é o desenvolvimento e uso de ferramentas como a assessoria de imprensa, comunicação interna, publicações corporativas, mala direta, realização de eventos. Como diz Pessoa (p. 5) “Ações isoladas sugerem resultados dispersos e de pequeno alcance”.

Para Kotler (1998 apud PESSOA), o modelo tradicional para desenvolvimento de uma comunicação eficiente tem nove elementos fundamentais: emissor, codificação (processo de transformar o pensamento em forma simbólica), mensagem, mídia, decodificação (receptor confere significado aos símbolos), receptor, resposta, feed back e ruído (mensagem final diferente da enviada pelo emissor). Quando um destes fatores não acontece o processo de comunicação enfrenta muitas dificuldades.

Kotler ainda define o ambiente de marketing da empresa, que inclui sete tipos de público: financeiro (capacidade de influenciar na obtenção e fundos), de mídia (divulgação de noticias e opiniões editoriais), governamental (administração deve considerar ações do governo), de interesse (decisões podem ser questionadas por grupos externos), local (vizinhos e organização comunitária), geral (público geral) e interno (empregados).

É preciso também saber escolher o veículo de comunicação mais adequado para cada público. Um informativo com linguagem rebuscada para uma parcela de funcionários semi-analfabetos de uma empresa terá pouca adesão e eficiência. Daí vale a percepção do responsável pela comunicação de saber selecionar. Segundo Pessoa (p. 9), o “emissor deve estar atento e aberto às opiniões, críticas, sugestões do receptor para que a organização atenda as necessidades e desejos de seu público-alvo”.

Fazer a apuração dos resultados da comunicação não é tarefa fácil, mas é preciso mensurar para ver o retorno obtido. Uma boa sugestão são as auditorias, onde é possível identificar se o plano de ação é eficaz. Porém “nem todas as empresas estão dispostas a “ouvir” o que não gostariam e por isso chegam a evitar essas ferramentas. (PESSOA, p. 10).

Tema que tem conquistando espaço na mídia com notoriedade, a responsabilidade social desafia as atividades da comunicação. As organizações têm que se adequar a esta nova realidade. Algumas empresas adotaram até a figura do ombudsman: o responsável por ouvir as reclamações e sugestões dos consumidores e providenciar para que os pedidos sejam atendidos.

Uma linha de atuação social das organizações é a contrapartida pela utilização de recursos naturais e os impactos ambientais. Cabe a equipe de comunicação trabalhar esta vertente em favor da empresa através da mídia. E não só esta questão. Projetos como estes envolvem planos de comunicação participativos, utilizando-se de diversas ferramentas de comunicação e marketing. Geralmente elas reduzem os gastos com propaganda.

Diante disto, a comunicação empresarial tem se tornado um serviço fundamental. Kotler (1995, apud PESSOA) fala dos benefícios: “as relações públicas podem ter um forte impacto sobre a percepção do público, por um custo muito inferior ao da propaganda. A empresa não paga por espaço ou tempo na mídia”.

Tão importante quanto outros departamentos de uma organização, a comunicação empresarial assume papel de extrema relevância, como avalia Paulo Nassar (1995 apud PESSOA), “Num universo em que a comunicação organizacional administrada se transforma em vantagem competitiva, as organizações e seus gestores passam a ser usinas de imagens que estão permanentemente direcionados a públicos com poder político econômico”.

Jornalismo On-line

A Internet veio revolucionar o jornalismo e a forma como trabalham os jornalistas. A afirmação é muitas vezes repetida, mas ainda não estão devidamente analisadas e explicadas todas as influências e mudanças introduzidas pelo novo meio.

Ainda é muito cedo para afirmar qual o futuro do jornalismo na era da internet, pois tudo tem seu lado positivo e também o negativo onde deverá causar muitos estragos. O jornalismo impresso perde seu fôlego com o passar dos anos, por causa da facilidade que a plataforma digital oferece, onde você pode atualizar a notícia minuto a minuto. Onde as pessoas encontram a informação sem nenhuma despesa financeira.

“Pela primeira vez, num só meio, juntam-se o texto, o som e a imagem”, defendeu, numa conferência em Braga, Ignacio Ramonet. Em relação aos meios utilizados anteriormente esta será, certamente, uma vantagem dado que nem a imprensa, a rádio ou a televisão o poderiam fazer.

Hoje é possível utilizar estes três recursos num único lugar, e o melhor você pode postar em qualquer horário, não precisa esperar a edição do dia seguinte. E o mais importante qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento irá conseguir gravar e colocar na internet seja no blog, site ou no yotube o mais famoso acervo de vídeos do Mundo.

Pode ainda apontar-se outro proveito que pode ser retirado da Internet e que nenhum meio de comunicação tradicional consegue que é atingir, o alcance planetário. É sabido que, em muitos países, a internet ainda é um bem de luxo, com acesso limitado a poucos indivíduos, mas teoricamente é possível, com facilidade, a troca de informação entre duas ou mais pessoas, localizadas nos mais longínquos lugares, desde que tenham acesso a um computador com modem e uma linha telefônica. Tudo isto em tempo real.

Hoje qualquer pessoa tem acesso à internet, seja no trabalho, faculdade, em casa ou na Lan House. A maioria das pessoas prefere utilizá-la como rede de relacionamentos, onde o site mais popular é o Orkut, onde milhares de pessoas trocam recados, postam fotos, vídeos e fazem de sua vida um livro aberto. O mais gostoso da internet é saber o que acontece em qualquer lugar do mundo em tempo real. Porém para muitos é uma alternativa de estar mais próximo da família, pois moram em outros países e se comunicam através deste meio de comunicação, onde é possível acompanhar a imagem ao vivo por meio da web cam.

A constatação de que os jornalistas usam a rede para a procura de dados é complementada pelo fato dos computadores serem, hoje em dia, ferramentas indispensáveis nas redações. Com o aumento dos conhecimentos sobre a utilização das novas ferramentas, o acesso às informações fica facilitado.

Hoje não saber utilizar o computador é ser analfabeto na era digital, por tanto os jornalistas utilizam a internet como acervo de pesquisa e também para troca de e-mails entre eles e os assessores de imprensa que alimentam os jornalistas com o release.

Por outro lado, a Internet enquanto espaço de publicação jornalística implica também mudanças na forma como os jornalistas realizam o seu trabalho, quando este se destina a publicações online. Os jornais estão limitados à apresentação linear, informação oferecida numa determinada ordem que o utilizador não pode controlar exceto se mudar para outra notícia ou virar a página.

Acredito que a internet apesar de ser um remédio que deve ser consumido moderadamente, pode trazer grandes benefícios para quem usufrui dele. O que falta muitas vezes é o bom senso de quem usa em utilizá-lo da maneira mais eficiente, sugando dele o melhor que é um grande acervo de pesquisa.

Disponível em:http://bocc.ubi.pt/pag/barbosa-elisabete-interactividade.pdf
Acessado em: 25 jul 2009

Telejornalismo

A televisão tem uma influência tão forte sobre grande parte das pessoas que igualáveis a ela somente a Igreja católica e a religiosidade.

Os quinze minutos de fama mexem com a cabeça das pessoas, quando estão diante das câmeras.

Todo esse fascínio pela televisão atingiu também o telejornalismo, que, com a imagem, alcançou forte status de credibilidade.

A imagem é essencial para os telejornais que desejam ganhar audiência e credibilidade. Por isso, um bom texto deve também ter uma boa imagem. Ambos fazem parte de linguagem telejornalística. A associação entre esses dois pontos, é que dá sentido ao Telejornalismo. Mas claro que, a imagem é o grande diferencial dos demais meios de comunicação. Sem contar que a imagem pode ser compreendida por todas as culturas.

No jornalismo, a imagem é usada par dar crédito sobre aquilo que está sendo falado. Reforçar o texto. Isso, devido ao poder de convencimento que a imagem tem.

Algumas expressões aliadas às boas técnicas de enquadramento sempre ganham destaque maior na TV. Imagem de beleza, tristeza, dor, alegria são impactantes. Quanto às regras, uma boa iluminação, o bom enquadramento, closes estratégicos, deixa a imagem com boa qualidade.

Por isso, a preocupação com boas imagens desde a preparação da pauta até a edição final da matéria, para que o conteúdo seja compreendido pelos receptores da melhor maneira possível.

Palavras descartáveis são eliminadas para deixar o texto mais objetivo, proporcionando maior compreensão da notícia a todos os públicos.

O telejornalismo usa a linguagem coloquial – estilo de fala usada na dia-a-dia. A que mais se aproxima de realidade das pessoas, porém com o uso correto das palavras e uma boa construção frasal. Facilitando o entendimento por todos, Tudo, claro para atender o mercado. Já que o tempo nas emissoras de TV é caríssimo.

A linguagem televisiva busca passar para o telespectador, a sensação de movimento, para não deixar o telejornal cair na monotonia, por exemplo. O uso de adjetivos também é reduzido, visando não enfraquecer o impacto da informação. Além disso, as características de texto curto e de fácil entendimento na TV devem ser transmitidas quase que em tom de conversa.


MORONI, Alyohha de Oliveira; DE OLIVEIRA FILHA, Elza Aparecida. Estereótipos no telejornalismo brasileiro: identificação e reforço
Disponível: <>
Acesso em: 30 jul. 2009

jornalismo na Internet

A internet é o único meio de comunicação que consegue unir todas as ferramentas em um único lugar. Através deste meio podemos assistir vídeos, ver fotos, ouvir áudio e tantas outras qualidades que somente podemos encontrar nela. Podemos ver as imagens pela tela do computador, onde podemos acompanhar qualquer acontecimento no mundo em tempo real. E o melhor que o custo para manter um site ou um blog é praticamente nulo, pois não temos despesas com gráfica e distribuição do material. Na internet os sites são direcionados para determinado público, facilitando o nosso interesse pela procura da informação.

O jornalismo, as relações públicas e a publicidade são as atividades que se confundem pelo fato de utilizarem suporte comum (jornal, rádio, TV e cinema) para a mensagem dirigida a um grande público. A informação jornalística ainda difere da informação publicitária e de relações públicas pela periodicidade, atualidade e difusão.

O jornalista tem o dom de investigar e informar a população do que está acontecendo em âmbito regional ou nacional, sendo responsável pela divulgação da informação de forma correta, dando ao leitor oportunidade de ler e ter sua opinião sobre determinado assunto. Nós como formadores de opinião temos a obrigação de orientar a respeito do que está acontecendo ao seu redor e, sobretudo, sobre os fatos que sucedem em todo o muno globalizado.

As tecnologias de comunicação periodicamente resultam em significativas transformações na sociedade e causam grandes mudanças de hábitos e de comportamento. Cada um no seu tempo, o telégrafo, o telefone e o aparelho de fac-símile deixaram suas marcas no comércio, na vida profissional e nosso cotidiano. Agora chegou a vez da internet, oferecendo amplos recursos técnicos e um novo suporte para as mais diversas atividades.

A internet chegou e nós ficamos reféns dela, onde ela tornou-se uma refeição indispensável, quanto mais nos alimentamos dela, mas fome sentimos pela informação. Hoje ser jornalista é saber utilizar todas as potências que a internet oferece, saber apurar as informações através dela, podemos ainda trocar e-mails, conversar em tempo real sem precisar pagar por isso. Ela conseguiu unificar todas as ferramentas que um jornalista tinha há décadas, como a máquina de escrever, telefone, fax, vários equipamentos num único lugar, e o melhor é pode levar seu notebook para qualquer região do mundo e mesmo assim poderá ter acesso a tudo num piscar de olhos.

Fonte: Pinho, J. B. Jornalismo na Internet: Planejamento e produção da informação on-line. São Paulo:Ed. Summus, 2003.

Fórmula matemática calcula qualidade do texto jornalístico

Resenha do artigo científico "Texto inteligente e qualidade (quase) zero", de João Canavilhas, Universidade da Beira Interior (2002)


Este artigo é uma proposta de criação de parâmetros para a avaliação e o julgamento de textos jornalísticos, com o objetivo de considerá-lo com ou sem Qualidade.

Com uma linguagem simples, narrada em terceira pessoa, o artigo é dividido em sete capítulos, e logo se mostra uma leitura rápida e interessante.

Ao falar em Qualidade e Satisfação, João Canavilhas apresenta uma fórmula matemática como base de cálculo de um bom texto. Sendo qualidade igual a Q, expectativa igual a E e a satisfação do leitor igual a S, pode-se dizer que Q=E/S, ou seja, a qualidade é igual ao quociente entre a expectativa e a satisfação.

A Qualidade é Ótima quando o quociente é igual a um (1), caminhando-se para a Qualidade Total à medida que o valor se aproxima de zero, não sendo possível atingir essa qualidade pela impossibilidade matemática do quociente referido ser igual a zero.

Segundo João Canavilhas, essa fórmula pode ser aplicada em todos os formatos jornalísticos, seja jornal, rádio ou TV, mas em todos a qualidade não será satisfatória, pois são restritos.

É nesse contexto em que surge um novo meio, o webjornalismo, ou como batiza Canavilhas, o ‘texto inteligente’, que une sons, imagens, textos e hiperligações de forma flexível e dinâmica.

Em relação ao texto verbal, é através de hipertextos (links) que se cria uma das maiores interatividades entre jornalista e leitor, pois este último tem a possibilidade de contribuir na elaboração da notícia, escolhendo assuntos de seu interesse.

Tratando-se do texto não verbal acontece o mesmo fenômeno, pois o internauta pode pausar o vídeo quando quiser, o que não acontece na TV (analógica).

A fórmula construída por João Canavilhas é muito válida, sendo que recomendo sua resenha para todos acadêmicos e estudiosos de comunicação que buscam escrever um bom texto.

João Canavilhas é doutor e especialista em ciberjornalismo, sendo um dos primeiros a abordar as especificidades do jornalismo produzida para a web em Portugal.

João Alberto Pereira é acadêmico de jornalismo do IBES Sociesc.

Jornalismo Investigativo: Conceituação

No capítulo três, Jornalismo Investigativo: Conceituação, do livro Jornalismo Investigativo: O fato por de trás da notícia, o autor, em um primeiro momento, comenta, de forma abrangente, sobre o que é o jornalismo investigativo
Essa face investigadora do jornalismo, muitas vezes, é vista como uma forma de prestação de serviço a sociedade. Segundo Sequeira (2005, p.61) “... uma idéia equivocada do jornalismo investigativo: a de que ele ocupa espaços que o Estado omisso deixa vazios, quer por incompetência, quer por irresponsabilidade, quer por má fé”.
O jornalismo investigativo se diferencia do interpretativo pelo processo de trabalho profissional e pelas estratégias que usa na fase de apuração. O repórter do ramo investigativo utiliza técnicas e estratégias peculiares, que não fazem parte da rotina dos jornalistas e ainda torna público tal fato. Um texto com dados oficiais, estatísticas, declarações não bastam para a investigação, afinal esses dados podem ser conseguidos através de fontes oficiais ou extraídos de documentos.
Para melhor conceituar o “Jornalismo Investigativo”, Sequeira usa uma estratégia muito interessante: escreve a opinião de grandes repórteres dessa área.
Para Percival de Souza o termo citado sempre existiu, apenas com outro nome (reportagem especial ou grande reportagem). Nas redações sempre havia um repórter atrás de furos, o que mudou foi o modelo praticado. Segundo Souza (2005, p. 63) “é o processo de trabalho do repórter que diferencia a reportagem investigativa dos outros tipos de reportagem”.
Percival ainda comenta que a reportagem investigativa pode ser dividida em dois tipos: a descritiva, onde o ponto forte esta na narração descritiva e o outro tipo é no qual se privilegia os fatos. Há uma característica fundamental para ambos os tipos, a sensibilidade. “Sem isso, não tem reportagem, não tem jornalismo”. (SEQUEIRA, 2005, p.63).
Já na opinião de Antonio Carlos Fon (2005) o jornalismo investigativo é mais um modo de fazer jornalismo do que um tipo de jornalismo a parte. “Jornalismo investigativo é um conjunto de técnicas que você pode usar em qualquer tipo de jornalismo: econômico, político, esportivo, de divulgação cientifica”. (FON, 2005, p.64).
Para o repórter Fernando Rodrigues, a expressão jornalismo investigativo é um pleonasmo, pois toda atividade jornalística exige investigação. O colega de profissão Rubens Valente também concorda com a opinião de Rodrigues, mas reconhece “algumas reportagens demandam mais tempo, dinheiro, paciência, documentos, viagens, depoimentos, gravações e comparações de dados do que outras que podem ser construídas com a declaração de uma autoridade ou a publicação de um documento”. A essas, Valente dá o nome de reportagem investigativa.
Durante o capitulo encontramos repórteres como Quesada e Reys que falam em “olfato inquisitivo” e “intuição”, de onde partem as suposições. Essas opiniões vão ao encontro do pensamento de Charles Pierce, que diz que diante de um fato surpreendente é preciso levantar hipóteses, que já estão na mente do jornalista. Assim o repórter deve trazer explicações para essas hipóteses e testá-las
Como complemento, Moura (2007, p.69) afirma “o repórter, para saber se sua hipótese esta correta necessita adotar um plano de trabalho...”.
Ao final, é necessário comprovar as hipóteses, para então começar a escrever a matéria.
O capítulo é quase como um manual para o jornalismo investigativo, no qual alguns termos são comuns e se destacam: sensibilidade, suposições, olfato inquisitivo e intuição. Isso mostra que eles são relevantes.
Outro fator que chama atenção é que o referido tipo de jornalismo cria algumas polêmicas. Acredito que a causa disso é por não haver uma regulamentação dentro da profissão, que especifique e dê mais explanações em relação à ética que se deve ter em relação a tal.



Referência:

Sequeira, Cleofe Monteiro de. Jornalismo Investigativo: O fato por trás da notícia. São Paulo: Summus, 2005.

O texto casado com a imagem

Quando o telespectador busca informação através da televisão, ele busca informação através da imagem do que aconteceu. A imagem de uma acontecimento forte, já transmite ao mesmo tempo, informação e emoção. É isso que possibilita que as pessoas vejam uma realidade além d’aquela em que vivem.
A TV só é feita com imagem, mas a palavra tem seu lugar garantido. O nosso desafio é descobrir como e quando usar a palavra. PATERNOSTRO (1999, p. 72)
Texto e imagem devem caminhar juntos: ou o texto tem a ver com o que está sendo mostrado ou não tem razão de existir, perde a sua função.
Papel da palavra é dar apoio à imagem. Para escrever um texto de TV, precisamos, antes de tudo, saber quais imagens disponíveis que temos para serem usadas de forma coordenada com as informações.
A imagem é parte da natureza da TV, e em telejornalismo precisamos casar imagem e informação. PATERNOSTRO (1999, p. 73)
Então, logo de cara, se temos imagens que correspondem às informações que pretendemos incluir no texto, ótimo. Do contrário, temos que buscar outras ferramentas visuais para completar a matéria e deixá-la mais “atraente”.
Deve ser evitado texto descritivo. O telespectador já está vendo. Descrever, se tornará redundante.
Para se associar à imagem, o texto precisa identificar-se os elementos da notícia na tv. Responder as seis perguntas clássicas: Quem? O que? Quando? Onde? Como? Por quê? Com palavras precisas. Tudo isso, acrescentando emoção.
Juntar imagem, emoção e informação é a combinação prefeita. Devemos valorizar a imagem, o som ambiente, sem necessidade de descrever a cena.
A imagem tem narrativa própria, e em certos momentos vale mais que frases descritivas.
Por isso, devemos saber medir essa diferença e equilibrar a nossa matéria com esses dois elementos e suas características. PATERNOSTRO (1999, p 75)
Muitas vezes a TV não está em um lugar que prenda a total atenção do telespectador. Existem alguns recursos para sensibilizar e destacar o que está para ser anunciado,. PATERNOSTRO (1999, p 75) destaca: - Urgente: As agências informam que... Vejam agora imagens exclusivas...
Quando não possui imagens correspondentes ao que queremos escrever, podemos buscar outras formas de visualizar a informação. Como por exemplo: o uso de gráficos, mapas, fotos, animações para acompanhar o texto, os chamados - jornalismo de artes. Mas, é preciso tomar o devido cuidado para não “poluir” a imagem com esses recursos.
A reportagem de TV requer, preocupação constante na matéria, desde a elaboração da pauta, até a edição final.

PATERNOSTRO, Vera Íris. O Texto na TV: manual de telejornalismo, 1953.
Rio de Janeiro: Elsevier, 1999

O cidadão como público do jornalista

Resenha Artigo: Para quem escrevem os jornalistas?
Autor: Rita Correia (2008)

Em seu artigo “Para quem escrevem os jornalistas”, Rita Correia (2008) faz uma análise do público alvo dos jornalistas. Em um breve texto, Correia explora os possíveis públicos para os quais o jornalista direciona suas notícias.
É função do jornalista relatar os fatos com veracidade e interpretá-los da maneira mais honesta e imparcial possível. Os fatos devem ser apurados e, aos olhos do público deve ficar claro o que é notícia e o que é opinião. Fred Inglis (1993 apud CORREIA, 2008), define público como audiência.
Um dos tópicos levantados pela autora do artigo trata que os jornalistas escrevem para a audiência. Ela considera que, com o direcionamento financeiro dos veículos de comunicação, o público (leitores, espectadores) passaram a ser vistos como clientes. É notável que alguns jornalistas escrevem para clientes, como se estes pudessem comprar suas informações.
Da mesma maneira, Correia considera que os líderes de opinião são de extrema importância para os jornalistas e que são eles a quem querem “agradar”. Acredito, como diz a autora, que esses jornalistas querem o reconhecimento de políticos, lideranças econômicas e líderes de opinião. Por outro lado, há quem escreva para outros jornalistas, colegas de profissão. São deles que vêm as maiores críticas a respeito de suas matérias.
Na busca por melhores colocações profissionais, jornalistas direcionam suas matérias para outros jornais. É necessário dizer que os jornalistas se baseiam em hipóteses de que outros jornais explorarão a notícia da mesma forma, numa espécie de competição.

“A situação de competição entre os meios de comunicação de massas, conduz a que todos queiram chegar primeiro com uma notícia, compitam na obtenção de exclusivos ou inventem novas rubricas e esta competição, inevitavelmente, reflete-se na escrita jornalística.”

Jornalista é empregado, tem patrão, faz parte de um quadro de funcionários e, como tal, deve seguir as normas e regras da organização da qual faz parte. “...a produção jornalística é muito condicionada e motivada pelos patrões”, menciona Correia. São os patrões que selecionam, contratam e despedem profissionais. Então é absoluta e completamente aceitável que o jornalista produza de acordo com as ordens recebidas. Será?
Da mesma forma, os jornalistas ficam de mãos atadas. Cada veículo tem suas normas, seus códigos de ética. E, mesmo não concordando, para se manter no trabalho, sujeitam-se às ordens nem sempre razoáveis de seus empregadores.
Há os jornalistas que escrevem para suas fontes – essenciais para o desenvolvimento do seu trabalho. Segundo a autora, há duas formas de se escrever para as fontes: direta ou indiretamente. “De forma indireta, os jornalistas escrevem para as fontes sempre que divulgam uma informação por elas fornecidas”. Ou, de forma direta, quando se deixam influenciar pelo que suas fontes disseram.
Kovach (2004 apud CORREIA, 2008), esclarece uma maneira de o jornalista escrever / produzir para os anunciantes de seu veículo.

“a cobertura de promoções comerciais dos grandes patrocinadores sob a forma de eventos públicos em direto, utilizando por vezes jornalistas ou apresentadores conhecidos da metereologia ou do desporto. [...] a primeira entrevista deve ser com um anunciante.”

Outros escrevem para si próprios; caso dos jornalistas que não conhecem seu público.
E, por fim, os cidadãos. Ultimamente vemos portais de notícias sem o mínimo de informação pertinente e interessante. Vemos uma gama de notas desnecessárias ao nosso cotidiano. Escrever para o cidadão deveria ser primordial. Acredito que este deveria ser o objetivo de todos os profissionais e veículos de comunicação. Ora, se somos responsáveis por levar a informação à sociedade, relatando os fatos que interessam ao público, não deveria ser prioridade o cidadão?
Não sei até que ponto é ético enaltecer as vontades dos patrões, visto que a função do jornalista fica um tanto distorcida. Mas entendo que todos precisam trabalhar e ficam a mercê de situações onde escrevem o que não querem para quem não interessa. Os cidadãos têm o direito de cobrar melhores profissionais, melhores informações. Assim, quem sabe, os jornalistas passem realmente a escrever para o cidadão.

Referência
CORREIA, Rita. Para quem escrevem os jornalistas. Disponível em Acesso em: 26 jul 2009.

A história da censura na música popular brasileira

Resenha: A censura e a música popular no Brasil
Autor: Roberto M. Moura

“A se considerar as perseguições e preceitos que marcaram – e ainda marcam – a trajetória de gêneros populares como o lundu, o maxixe, o choro e, em especial, o samba, pode-se admitir que sempre houve censura musical no Brasil.” (MOURA, 2001)
Segundo Moura, a censura sempre esteve presente nas artes, mesmo não sendo institucionalizada, mas também através das relações sociais. Neste artigo ele passeia pela história da música popular, confrontando-a com os períodos da evolução política do país e, consequentemente, da censura.
O governo sempre possuiu meios policiais para liberar ou não as músicas que seriam apresentadas ao vivo, o que ocorria com grande freqüência até a década de 1950 no rádio, espetáculos ao ar livre e teatros, através da DCDP (Divisão de Censura e Diversões Públicas). Porém, a não ser por alguns poucos fatos isolados, a produção musical não sofreu ações extremas de censura.
Só em 1935 é que houve uma interferência maior por parte do governo na música. A prefeitura carioca concordou em oficializar o desfile das escolas de samba desde que os sambistas concordassem que as letras das músicas não poderiam ter caráter de protesto, principalmente em um desfile ocorrido na Capital federal (O Rio de Janeiro foi a capital do país até 1960).
Já no período de 1937 a 1945 o Brasil viveu sob o comando de Getúlio Vargas, era o Estado Novo, onde os poderes do chefe do Executivo foram aumentados e foi criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) que além de fazer o marketing do ditador – já que eram tempos de culto a personalidade do ditador – possuía poder de censura sobre a cultura e imprensa. Músicas e até sambas-enredo eram censurados.
Já o período da Segunda República de 1945 até 1964, transcorreu em clima de tranqüilidade institucional e isso se refletiu em todas as instâncias, inclusive na música. Neste período o mercado musical foi beneficiado pelas novidades da indústria fonográfica (elepê, stereo, etc.), e pela fase de ouro das rádios num sistema de telecomunicações que levava o sinal a praticamente todos os lares brasileiros, e a partir de 1950 com a chegada da televisão.
Mas chega o ano de 1964 e inaugura-se a fase mais triste na história do país, eram os tempos da ditadura. Os militares assumiram o poder e o primeiro a governar foi o Marechal Castello Branco. Entre um presidente e outro em 13 de dezembro de 1968 o General Costa e Silva assinou o famigerado AI 5, que lhe dava poder de vida e morte sobre cada cidadão brasileiro.
A fase era negra também para a música, letras foram censuradas, cantores presos e exilados. Nesta época negra surgia o movimento Tropicália, que trouxe a luz autores como Chico Buarque – que tinha músicas censuradas apenas por seu nome aparecer como autor, foi quando resolveu criar um pseudônimo, Julinho da Adelaide – e Paulo César Pinehiro, que tornaram-se mestres no uso da metáfora para enganar a censura. Sirlan, que foi caçado pela censura e teve que desistir da carreira, até que, anos depois consegui gravar o elepê Profissão de Fé. Sidney Miller, que cometeu suicídio aos 35 anos. Geraldo Vandré e Taiguara e os baianos Caetano e Gil, que foram perseguidos, presos (Caetano e Gil) e posteriormente exilados. Isto até 1979 quando o presidente Geisel, criou o Conselho Superior de Censura, do qual faziam parte juristas como Daniel Rocha e Ricardo Albin. Até então a censura era de responsabilidade da polícia, e não de pessoas culturalmente preparadas para tal.
A música sempre foi a manifestação mais espontânea de um povo. Entender como ela chegou a ser o que é. É justamente nisso que se apóia a importância deste artigo. Por exemplo: A interferência do governo no samba, isto contribuiu para que o carnaval brasileiro se tornasse uma das festas mais conhecidas do mundo, onde o país para todo mês de fevereiro (fora raras exceções) para ver as escolas passarem, é nesta época também que os cidadãos esquecem que os políticos roubam, que a AIDS existe e que as crianças precisam comer depois que nascem. Mas, o carnaval é preciso. Porém, tudo se transforma: Imagine se Geraldo Vandré, aquele da época de 1950, e não o advogado compositor de homenagens a FAB e às Forças Armadas dos tempos atuais, soubesse que ia ouvir o verso: “Caminhando e cantando e seguindo a canção...”, em mais uma das propagandas do Governo Lula.
Compositores continuam a aparecer, alguns poucos e bons é verdade, mas atualmente a censura é feita por cada um de nós, com o advento da internet, e novas tecnologias chegando é quase impossível impedir que alguém ouça o que quer ouvir. Mas alguns tiveram que sofrer para que chegássemos aqui.

ReferênciaMOURA, Roberto M. A censura e a música popular no Brasil. Disponível em Acesso em: 26 jul 2009.

As diferenças e inovações do jornalismo cultural

PIZA, Daniel. Jornalismo Cultural: Capítulo III Contraclichê. 2 ed.São Paulo: Contexto, 2004

Daniel Piza começou a carreira de jornalista no jornal o Estado de S.Paulo, como repórter do Caderno 2 e editor assistente da Ilustrada. Foi editor do fim de semana da Gazeta Mercantil e retornou ao Estadão em 200, como editor-executivo e colunista cultural.
Colabora com a revista Continente Multicultural, e é comentarista do canal Globo News e da rádio Eldorado. Traduziu oito livros, de autores como Herman Melville e Henry James, e organizou seis outros, nas áreas de jornalismo cultural e literatura brasileira. Publicou 14 livros, quatro ensaios, um volume de aforismos, quatro coletâneas, um romance juvenil, um infantil, dois perfis e a biografia de Machado de Assis. Além de ter escrito os roteiros dos documentários São Paulo - Retratos do Mundo e Um Paraíso Perdido - Amazônia de Euclides.
No capítulo III Contraclichê, do livro Jornalismo Cultural, Piza explica a questão dacrítica. A falta de exercer o papel de jornalista e só fazer elogios, sem citar o lado negativo pelo simples medo de comprometimento.
E dá dicas para um bom texto de jornalismo cultural. De acordo com ele o texto precisa ter clareza, coerência e agilidade. Mostrar aos leitores do que a obra ou tema se trata, as informações gerais.
Afinal, o jornalista precisa saber criticar seja de forma positiva ou negativa, e não se manter calado com medo do que os autores vão pensar.
O autor ressalta quatro estilos diferentes de resenha. As impressionistas em que qualificam as obras. Aquela que analisa as características estruturais. A mais comum, que fala sobre o autor, a importância, os temas. Além daquela que prefere analisar mais o tema do que a maneira como foi colocado por meio da obra.
Para Pizza a boa resenha deve ser uma combinação de sinceridade, objetividade e preocupação com o autor e o tema. Sem esquecer de trazer algo novo que faça o leitor prender sua atenção, que provoque reflexão. Contudo, um texto que tenha conteúdo.
Os exemplos citados auxiliam na compreensão das propostas feitas pelo autor.
Piza ressalta que para ser crítico não basta falar sim ou não, se gostou ou não gostou, é preciso inovar, fundamentar a avaliação feita.
O escritor não quer considerar como jornalismo cultural as notinhas de shows, as agendas sobre espetáculos diários ou os releases de filmes, peças de teatro ou de exposições. No meu entender, ele coloca em debate idéias, sem deixar de lado a crítica aos espetáculos ou aos produtos de arte, que são uma forma de refletir sobre o mundo em que vivemos.
É imprescindível mostrar conhecimento do assunto abordado, ter uma boa formação cultural, não adianta fazer a crítica sem conhecer bem o assunto que o rodeia.
Neste capítulo Piza fala ainda sobre as colunas de opinião. Com um tom mais pessoal, o colunista pode fazer uma espécie de diário, um espaço para expor opiniões e fazer reflexões. Debater temas, levantar questões, sair do modismo, sem falar o que os demais falam. O jornalista revela ainda, os cinco atributos para ser um bom colunista, que são: sabedoria, leitura, senso de notícias, variedade e personalidade.
No item Repórter é saber, Pizza aborda a forma diferente com que o jornalista de cultura pode agir. Assim como as dificuldades existentes em instituições culturais ou na produção de um novo produto cultural. O que importa é ter domínio no assunto e criatividade na abordagem.
Falando agora sobre perfis e entrevistas, Piza diz que é na reportagem perfil que há a possibilidade de contar a vida de alguém que fez história. Além de mencionar a entrevista no estilo “pingue-pongue” em que o jornalista precisa estar preparado com as perguntas certas e atento para os gestos realizados pelo entrevistado.
O autor apresenta clara e detalhadamente dez dicas para escrever uma reportagem ou fazer uma entrevista. Dicas sobre verbos, ritmos de texto, criatividade, entre outros.
Na intitulada Enganosa “Doce Vida” o autor explica como o jornalista cultural costuma ser visto ou rotulado pelos outros como aquele que trabalha menos, o que não é a verdade. Além de ressaltar a responsabilidade em ter que dominar o tema, ter boa memória e gostar do estudo. Mas, concorda com alguns críticos quando falam sobre os excessos de agenda nos cadernos culturais.
Citando a praga do jabá, Piza aborda a diferente entre o jabá ilegal e o que não é ilegal. O jabá ilegal é quando a gravadora ou a rádio paga para que toquem a música que querem e o jabá que não é ilegal quando oferecem cortesias para o jornalista, mesmo assim o jornalista não deve aceitá-lo.
O capítulo desta obra tem por objetivo discutir a forma adequada que o jornalista cultural deve agir, expor suas opiniões e seus pontos críticos. Além de dicas para exercer a profissão da melhor maneira e o que deve ou não ser feito. Ainda revela a sua importância, que não é menor do que nenhum outro estilo jornalístico.
Por fim, concordo quando o autor diz que é preciso inovar, fazer do jornalismo cultural algo que surpreenda, que prenda o leitor. É preciso mudar o rotulo de que ser jornalista de cultura é mais fácil, porque na verdade não é. E em todos estes pontos de vista citados no capítulo o autor consegue ser muito feliz.

Os segredos do texto falado na televisão

Resenha
PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.

Neste capítulo a autora Vera Ítis Paternostro aborda o texto escrito para ser falado na televisão. Através de dicas e orientações, ela apresenta de que forma o jornalista deve se comportar na hora de redigir o texto da reportagem. Em todo o capítulo a autora dispõe de exemplos práticos, com algumas frases escritas de maneira certa e errada.

Para não cometer erros como frases sem sentido, falta de informação, palavras repetidas e estilo pobre, Vera Íris ressalta a todo momento que é preciso o texto redigido em voz alta. Esta é uma das dicas da autora do livro. Mas esta é acompanhada da preocupação com a sonoridade das palavras. “No telejornalismo, o efeito sonoro do texto passa a ter real importância, já que estamos trabalhando em um veículos em que o sentido da audição é muito explorado”.(p. 67)

Outra preocupação da autora é com a utilização de frases curtas e pontuação correta. Para ela, textos com frases menores ficam mais compreensíveis. Sobre a pontuação, Vera Íris diz que é importante para dar velocidade à escrita. Segundo a autora, todos esses detalhes são percebidos novamente na leitura em voz alta. “O texto de TV deve ser estendido de forma instantânea pelo telespectador. Não dá para ele voltar atrás e ouvir de novo”.(p70)

Claro que todas as dicas abordadas pela autora são importantes para construção do texto para ser falado na televisão. Mas é bom lembrar que somente essas regras não bastam na hora de redigir um bom texto para a TV. O jornalista precisa perceber que ele vai falar para diversos tipos de pessoas, várias faixas etárias, estilos, grau de escolaridade, etc. É justamente neste momento que o profissional precisa refletir sobre o que está escrevendo e como cada um desse telespectador vai receber a notícia.

A autora destaca orientações simples, mas que muitas vezes passam despercebidas pelo jornalista. Algumas situações como a pressa fazem com que o profissional não leia o texto escrito, por exemplo. E é aí que aparecem os erros, conforme é dito no capítulo do livro. São pequenas falhas que o jornalista precisa ficar atento, para que elas não se transformem em grandes erros durante a construção do texto.

Mas seguindo as orientações exploradas no capítulo a tendência é de que o jornalista sempre deverá construir um bom texto para ser falado na televisão. Ler a reportagem em voz alta antes de gravar, cuidar com a pontuação, com a utilização das frases curtas, falta de informações, entre outras pequenas regras, deixa os telespectadores com mais facilidades de entender a reportagem. E justamente esse é o principal objetivo, falar com a pessoa que está assistindo e deixar ela bem informada e esclarecida.

Relacionamento Assessor/Assessorado: Entre tapas e beijos



Resenha


DUARTE, Jorge. Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e prática. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2003. 5 exemplar(es)








A vida de um assessor de imprensa não depende apenas de escrever releases, conquistar espaço na mídia e manter uma boa relação com jornalistas. Vai além disto. Pode parecer banal, mas manter um relacionamento harmonioso com o assessorado é peça fundamental na sua jornada de trabalho. E é com base nesta assertiva que o jornalista Luciano Milhomem apresenta como preparar um assessor de imprensa para a delicada relação entre ele e seu assessorado. Como mesmo escreve, “Boa parte do êxito profissional e, portanto, da felicidade no trabalho depende da relação entre chefe e empregado”. (MILHOMEM, 2003, p. 314).

Os ensinamentos do jornalista fazem parte do capítulo Relacionamento Assessor/Assessorado: Entre tapas e beijos, um dos 21 capítulos agrupados com informações de vários profissionais do meio para o livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: Teoria e Prática, organizado pelo jornalista e relações-públicas Jorge Duarte.

Diante desta perspectiva a assessoria de imprensa está atrelada a três vetores básicos: o assessorado (cliente que define o que tem ou não interesse em divulgar na mídia), o assessor (responsável pela divulgação) e a informação, objeto da assessoria. Os três possuem características próprias.

No relacionamento entre assessor e cliente dois aspectos devem ser considerados. Um é sobre a natureza da instituição para a qual o assessor presta serviço. A segunda diz respeito ao perfil psicológico do dirigente da instituição. Sem o total esclarecimento deles o assessor pode encontrar sérias dificuldades pela frente. Privilegiar as ações da instituição pode ser um risco se quem estiver como gestor tiver ambições elevadas ou ser autoritário. Da mesma forma deixar de lado o papel do dirigente de uma instituição é um grave erro do assessor.

Sendo assim, quem deve aparecer mais na mídia e como? Segundo Milhomem (2003, p. 317) “a rigor, a instituição deveria estar sempre em primeiro lugar. O líder só deveria aparecer em conseqüência do êxito obtido pela instituição, o qual depende de todo o corpo de funcionários. No entanto, como já se sabe o líder é peça fundamental para o sucesso dos empreendimentos”. Neste caso é preciso habilidade e muita tática para identificar o que é melhor no momento, sem alterar a imagem do cliente.

Da mesma maneira que existem assessorados distintos também há assessores de diferentes perfis. Uns são agressivos, outros mais discretos. Outros ainda ocasionais ou cotidianos. O mais comum é que esses perfis batam com o do assessorado. É comum que eles entendam pouco de imprensa e cabe ao assessor definir como agir. “Um assessor, portanto, possui também o poder de conduzir os rumos de uma instituição ou de um cliente em particular”. (MILHOMEM, 2003, p. 319).

Toda notícia é uma informação, mas nem toda informação é uma noticia. A matéria-prima de um jornalista é a informação. Nem sempre, porém, uma informação pode converte-se em noticia. Eis ai a importância do assessor de imprensa: identificar a informação com potencial para despertar o interesse da mídia.

E é nesta seleção do que é noticia que surge outro perigo: na vontade de fazer com que tudo vá para a imprensa o assessorado acha que todas as coisas da instituição merecem destaque. Nessas horas vale a experiência do assessor: mostrar que o cliente está equivocado, mesmo que “por vaidade ou ignorância, o cliente atropele seu assessor de imprensa, ou impeça a fazer algo contrário aos princípios do bom jornalismo”. (MILHOMEM, 2003, p. 321).

A presença de assessorias de comunicação nas mais diversas instituições traz um bom sinal em toda esta história. Antes não havia, ou era pouca, a preocupação em contratar alguém especializado para executar tais atividades. A alternativa era deixar esta responsabilidade a cargo de qualquer funcionário.

Por sorte está mudando. Os veículos de comunicação procuram por alguém familiarizado com as especialidades da imprensa: deadline, noticiabilidade, transparência. Como diz MILHOMEM (2003, p. 322) “da mesma forma que a chamada grande imprensa evita a improvisação nas redações, ela também evita assessores improvisados”.

A tensão nas relações entre assessor e assessorado se intensificam durante as crises. Nesta situação, fatores como precipitação e arrogância costumam ser os piores inimigos de ambos os lados. MILHOMEM (2003, p. 323) salienta que “uma relação de confiança entre assessorado e assessor ajuda muito em momentos de crise”.

Em horas como essa, o assessor deve estar preparado para as suscetibilidades do cliente. Há momentos em que eles descontam em seu assessor as frustrações de um projeto que não deu certo. O profissional precisa identificar se a rispidez do chefe é praxe durante a crise ou pessoal. Caso seja a segunda opção, este tipo de ofensa é inadmissível. “Ferem a dignidade do assessor como profissional e como pessoa”, afirma MILHOMEM (2003, p. 323).

Dado um relacionamento franco entre assessor e assessorado vale relembrar as qualidades de um bom profissional: escrever bons releases, conquistar espaço na mídia e manter uma boa relação com jornalista. Se uma delas falhar o trabalho estará comprometido, pois todas andam de braços dados. E infelizmente esta fraqueza ocorre com freqüência na vida de assessores, que conseqüentemente não realizam um serviço completo nas instituições. Portanto há um longo caminho a ser seguido na atividade de assessoria de imprensa, onde profissionais necessitam estar mais preparados para desempenhar estas funções.

A recepção televisiva em comunidades rurais

Resenha:
TRIGUEIRO, Osvaldo.M. Globalização e Identidade Cultural: o impacto da televisão numa comunidade rural paraibana (Nordeste do Brasil).
Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php?html2=trigueiro-osvaldo-globalizacao-identidade.html
Acesso em: 28 jul. 2009

O texto de Osvaldo traz um estudo feito sobre a recepção televisiva em uma pequena cidade do interior do Estado da Paraíba no Nordeste do Brasil. A cidade é São José de Espinharas, um município de forte influência agrícola e constantemente sujeito a grandes secas. O estudo feito em 1998 faz comparações ao ano de 1987. Comparações como a quantidade de habitantes, a divisão da população em relação a área urbana e rural.
Essa pesquisa busca mostrar como é a recepção do telespectador com a chegada da tecnologia naquela cidade, em especial na zona rural. Nos últimos anos a televisão ganhou espaço na região nordestina influenciando nas tradições e nos costumes, pois as comunidades passam a conviver com valores culturais de outra sociedade veiculados pelos mass mídia.
Para a pesquisa, Osvaldo produziu um texto de recepção na América Latina nos anos 90. Aliás, deve-se ressaltar que foi uma pesquisa muito interessante de se ler. Nela é citado que o papel do receptor no processo de comunicação como ator social. E que para realizar esse estudo é preciso o estudo de fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos.
Osvaldo acrescentou em seu artigo o estudo das interligações regionais e locais, lembrando que é uma característica das comunidades rurais do Nordeste brasileiro. Lembrando que o autor fez um esquema bem elaborado e objetivo para o desenvolvimento e observação da recepção na comunidade de São José de Espinharas.
Outro ponto importante no artigo de Osvaldo foi a exploração e comparação do conceito da palavra “mediação” no dicionário Aurélio e na própria comunicação. Dentro da comunicação há dois campos que se ligam; o campo do emissor e do receptor. Concordo com o autor quando cita no texto que a globalização é fenômeno irreversível, a sociedade tem que encontrar o caminho certo da convivência com a nova realidade que se aproxima. E foi isso que aconteceu com a cidade de São José de Espinharas.
O objetivo geral que Osvaldo busca nesses estudos é compreensão da recepção das mensagens televisivas. E para isso observou o tipo de público; verificou as relações entre as características sociais e culturais; observou também o nível de interesse de recepção e as influências internas e externas.
Para concretizar o estudo, Osvaldo realizou pesquisas qualitativas e quantitativas. Empregou também o método de análise estruturalista proposto por Propp. E com isso, concluiu que a televisão em São José de Espinharas é também um meio de comunicação doméstico e muito assistido pela família, com vizinhos e amigos.
A justificativa elaborada por Osvaldo foi detalhada e completa. Trouxe muitas informações e comparações. Citou o maior problema e como ele mesmo disse, o mal crônico que é a seca e que como conseqüência agrava a crise financeira. Mas mesmo assim, o nordestino às vezes foge da realidade e sonha em ser artista igual ao da televisão. Lembrando que a pesquisa feita foi na emissora TV Globo.
Ainda na justificativa o autor cita alguns números de pesquisa, abrange para a população brasileira com comparações e fatos da nossa realidade. Uma delas são as diferenças, pois por mais que a sociedade tem acesso as novas tecnologias também está ao mesmo tempo lutando pela sobrevivência.
Osvaldo Meira Trigueiro conclui que a televisão faz parte do cotidiano da população de São José de Espinharas. E após a leitura do artigo também se chega à conclusão que a comunidade aderiu a globalização, mas ainda possui dificuldade sócio-econômica. A leitura desse artigo trouxe muito conhecimento e ideias para a elaboração do projeto experimental.

A Internet e o novo papel do jornalista

O uso da internet está influenciando cada vez mais a maneira de fazer jornalismo. Esta influencia pode ser percebida em vários aspectos. O primeiro deles é a mudança que ocorre no próprio profissional da comunicação que precisa fazer algo mais além de contar um fato. O papel do jornalista como interprete dos acontecimentos será expandido e eles serão fundamentais na relação com a comunidade conforme Pavik (2001).
A mudança nos profissionais on-line deve começar na própria formação. Na área das novas mídias, além de dominar as ferramentas já conhecidas no mundo jornalístico, necessário ter conhecimento em linguagem HTML, construção de sites, edição de áudio e vídeo e técnicas de programação de web para adicionar elementos multimídias ao texto.
Sobre o conhecimento técnico Eric Mayer (2001) afirma:
“Os conhecimentos técnicos são importantes. No entanto, mais importante é a compreensão solida de como procurar informação significativa, organizá-la de modo eficiente e apresentá-la de forma que a audiência aprecie”.
Sendo assim, mesmo com a importância do contato com a técnica, um jornalista não pode deixar de lado a bagagem profissional, com boas formas de entrevista, capacidade de pesquisa, bom texto e flexibilidade. Fatores que ajudam na construção de um pensamento critico. Indispensável também, é identificar o que tem espaço na internet, fóruns, áudio, vídeo ou documentários para cativar o publico. Como colocado por Concha Edo (2000), com a chegada da web, o jornalista passa a ser um “fornecedor de conteúdo, tanto para jornais, como para radio TV e internet”. Sendo assim, esta nova tecnologia exige profissionais mais versáteis e atualizados, preparados para qualquer desafio.
Com o advento da internet agilidade e instantaneidade são fundamentais. Porém a qualidade das publicações não pode ser deixada de lado. Conforme Leah Genty (1998), “assim, não deve haver publicação instantânea: ninguém deve colocar on-line um texto que não tenha passado pelo processo de edição”.
Como a internet ganha espaço a cada dia, existem rumores de que a profissão do jornalista está em risco. No entanto, concordo com a opinião de Helder Bastos (2000) quando ele defende que o “jornalismo terá todas as condições para ser reinventado, em vez de, como proclamam alguns, ser gradualmente eliminado”. Pelo contrário, um novo suporte midiático é uma nova oportunidade profissional. Na internet o acesso a publicações é muito facilitado, para qualquer cidadão. E desta forma, as portas para informações sem qualidade e fundamentos estão abertas. É diante deste cenário que Ricardo Jorge Pinto e Jorge Pedro Souza (1998) indicam que “essa poderá ser uma das funções futuras dos jornalistas: filtrar as informações da net”.
Este ponto de vista abre um leque de possibilidades e é muito interessante, levando em conta que, os cidadãos (mais esclarecidos) estão cientes do risco que correm ao acessar qualquer fonte de informação. Neste sentido, os jornalistas têm muito a oferecer pela aptidão e sensibilidade que a profissão exige para selecionar e divulgar apenas as boas informações para seu publico. O jornalista está novamente muito próximo do consumidor e retoma o papel de mediador entre internet e notícias de valor com a comunidade.

AROSO, Inês Mendes Moreira. A Internet e o novo papel do jornalista. Disponivel em:<http://www.bocc.ubi.pt/pag/bianco-nelia-internet-mudanca-jornalismo.pdf> Acesso em: 29 jul. 2009.

Entre um bom repórter e um bom assessor

Resenha do Capítulo 2 do livro "Assessoria de Imprensa: como se relacionar com a mídia" de Maristela Mafei
No segundo capítulo do livro “Assessoria de Imprensa: Como se relacionar com a mídia”, Maristela Mafei trata das qualidades que um assessor de imprensa precisa ter e de como ele deve conquistar a confiança da imprensa.
Segundo a autora, um bom assessor de imprensa tem muito de um bom repórter. Ele deve ter faro de repórter para apurar as informações de seu cliente, buscar dados que compõem a notícia e buscar fontes confiáveis tanto dentro como fora da organização. Na hora da divulgação ele tem a obrigação de ajudar seu assessorado a identificar se a informação que ele pretende liberar é ou não de interesse público e, consequentemente se há ou não a possibilidade de virar notícia.
“Um bom assessor de imprensa é aquele que reconhece os limites éticos de sua atuação e não os ultrapassa. Não mente, não engana, não ameaça, não oferece vantagens a jornalistas em troca da inserção de reportagem positiva sobre seu cliente”. (MAFEI, 2007)
Quando um jornalista recebe de um assessor uma opção de pauta enganadora, ele imediatamente tende a considerar todas as sugestões deste cliente como não confiáveis. E além do mais, o jornalista pode interpretar que este cliente não o considera um bom profissional, e que é incapaz de julgar uma boa pauta.
Também existe o contrário nesta situação, quando os jornalistas não estão habilitados, por algum motivo, para identificar a validade de uma pauta e acabam tornando-se porta-vozes de instituições. O pior nesta situação é quando os dados divulgados não estão exatos ou, incorretos.
Atualmente, o assessor de imprensa tem não apenas que garantir que informações sobre seu cliente sejam publicadas pela imprensa, mas deve ser um gestor estratégico. Faz parte deste papel ter em mãos bons planos de gerenciamento de crise e garantir que eles sejam postos em prática da maneira e no momento certos para que sua organização saia desta crise com a imagem o menos arranhada possível. Para isto, é responsável por criar e manter uma rede de relacionamentos sustentáveis que garantirão a sobrevivência da imagem da organização em momentos de crise.
Muitas vezes, assessores e imprensa estão de lados completamente opostos, o que é considerado como interesse público para um não o é para o outro. O assessor tem que ter claro na sua mente que ele defende o interesse de seu cliente e não o dos jornalistas. Por isso ele tem que saber levar esta situação de forma racional. E entender até onde o interesse público se sobrepõe ao interesse de seu assessorado.
Quando a situação é a inversa é mais fácil, jornalistas e assessores têm objetivos em comum, os assessores trabalham para intensificar o fluxo de informações entre os meios de comunicações e a sociedade e com isso podem facilitar o acesso dos jornalistas às fontes. Se a regra deste relacionamento for o profissionalismo embalado pela ética não é preciso ter medo deste relacionamento, já que, ao fim de tudo quem sai beneficiado é o público que cada vez mais busca informações sobre as instituições com as quais se relaciona.
O que vem por aí é um novo modelo de comunicação, o que o pesquisador Bernard Miége chama de “relações públicas generalizadas”. Onde a partir de 1970 instituições sociais de todo tipo buscam a adesão aos seus interesses. Não tratando apenas disso, mas de ativar mudanças sociais e culturais para toda sociedade. Exemplo disso é que atualmente muitas instituições apostam em assessores de comunicação para gerenciar seu relacionamento com o público o que até anos atrás era raro.
Cada vez mais perde o sentido a briga entre assessores de imprensa e jornalistas de redação. É preciso reconhecer um aliado e não um adversário quando um olha para o outro. Entretanto, para que isso aconteça, assessores devem aprender a lidar e a respeitar os prazos, os interesses e as obrigações que um jornalista tem que cumprir. Assim como o jornalista deve reconhecer a importância das informações liberadas pelos assessores. Em tempos como esses, em que a comunicação gere a vida da sociedade, assessores e jornalistas devem aprender a conviver, mais do que isso, devem aprender a trabalhar um com o outro, cada qual defendendo seu lado e seus interesses, mas, respeitando o outro.



Referência
MAFEI, Maristela. Entre um bom repórter e um bom assessor. In: MAFEI, Maristela. Assessoria de Imprensa: como se relacionar com a mídia. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 25-30.

Estilo Magazine – O texto em Revista

“Além de visualmente mais sofisticada, outro fator a diferencia sobremaneira do jornal: o texto. Com mais tempo para extrapolações analíticas do fato, as revistas podem produzir textos mais criativos, utilizando recursos estilísticos geralmente incompatíveis com a velocidade do jornalismo diário.”
A revista é um suporte midiático informativo como outros. Pode ser segmentada, falando de assuntos específicos ou trazer variedades. As revistas semanais possuem a característica de fechar as lacunas de informação deixadas pelos demais veículos de comunicação a cerca das noticias do cotidiano.
O tempo disponível para produção da revista lhe dá a oportunidade de somar ao material já exposto por outras mídias (mais imediatas / simultâneas como rádio ou TV), pesquisas e um acompanhamento mais profundo dos acontecimentos. Busca informações sobre o antes, durante e o após, e consegue proporcionar assim, uma visão geral dos fatos. Outro ponto positivo deste suporte é a liberdade de criação que o meio oferece aos autores.
Segundo Sergio Vilas Boas (1996), as revistas exigem dos profissionais textos elegantes e sedutores. Para que o leitor seja cativado e não abandone a leitura de seu material sem chegar ao fim.
Para qualquer jornalista, experiente ou não, escrever para revista é um grande desafio pelo padrão de qualidade que este meio exige. Segundo o autor, um bom começo para chegar a um bom resultado é pensar.
“Pensar porque escrever é fazer funcionar de modo organizado a lógica do pensamento. Sem isso, dificilmente um texto mais longo alcançaria seu objetivo maior: prender a atenção do leitor do inicio ao fim.”
Superada a fase da organização dos pensamentos e das idéias é necessário buscar um rumo harmonioso e sedutor para o texto. Na correria das redações é pouco comum a elaboração de textos leves, humorados e com toques, mesmo que sutis, do autor. Isso faz com que os textos se tornem comuns, de serie como se concebidos em linhas de produção nas indústrias.
Nas revistas este tipo de carência textual deve ser suprido. Uma forma é encontrar um tom, ou seja, uma linguagem apropriada para o contexto do assunto abordando, dando ritmo a produção e a leitura.
Como sugere Humberto Werneck, redator chefe da Playboy, criar e seguir um roteiro facilita a produção. Ele também acrescenta que é fundamental gerar um bom encadeamento para o texto, ou seja, fazer boas passagens. “É preciso que o texto mesmo sinuoso, escorra sem descontinuar. Porque quando você deixa uma fissura o leitor pode escapulir.”
No momento da escolha do tom que será seguido, é necessário ter claro a abordagem e o objetivo. “Ao procurar o tom, por exemplo, não pense em humor se sua reportagem for sobre um crime que abalou a opinião publica. Seria suicídio.”
É preciso ter atenção e cuidado na escolha do tom (humor, tragédia, drama, tensão) mas, de maneira alguma ele pode ser deixado de lado nos textos para revista. A tonalidade é a característica que mais diferencia este veiculo de um jornal, por exemplo, que busca neutralidade.
Outro fator indispensável no projeto deve ser considerar os fatores geradores e agregados ao fato ou a noticia que criou a pauta. Detalhes deste tipo são considerados um bom tempero, segundo o autor.
Entender sobre o assunto abordado e ter muita informação sobre ele, além de facilitar a interpretação ajuda na elaboração da matéria. Sem conhecimento e bons argumentos o texto não ganha sustentação, e consequentemente está fardado ao fracasso. Villas boas sugere: “Construa-o com a mesma fome que o leitor lerá.”


BOAS, Sergio Vilas. Estilo magazine : o texto em revista. São Paulo: Summus, 1996

O papel do Assessor de Imprensa

Resenha Livro: Assessoria de Imprensa: como se relacionar com a mídia
Autor: Maristela Mafei (2007)
Para resumir o papel da Assessoria de Imprensa, Maristela Mafei (2007, p.17), diz que:

“Pisar no terreno do relacionamento com a imprensa é tarefa para quem está
disposto a desarmar minas terrestres – daquelas com potencial de jogar a imagem de pessoas e organizações pelos ares. É oficio para perseverantes. Muitas vezes, é falar sem ser ouvido, é insistir e ser considerado um chato, é tentar abrir os olhos de quem não quer ver. Mas é também defender quem busca se relacionar bem com a mídia para expor indícios de uma boa gestão.” (grifo nosso)

Desde que comecei a estudar para um dia ser jornalista, tinha em mente que queria trabalhar como assessora de comunicação, seja lá o que isso significava realmente. Muitos colegas, como cita a autora, “desconhecem” outras possibilidades dentro do jornalismo. A profissão oferece um leque de opções para desempenhar a função. Porém, muitos só vêem o jornalismo da televisão, do rádio, dos jornais. Aparecer nesses meios dá estatus, reconhecimento.
Mas, como me disse certa vez um professor, por trás do sucesso de uma organização, certamente existe a figura do assessor de imprensa. Ao contrário do que muita gente pensa, o assessor não barra as informações, o acesso do reportes. Diz a autora: “...dali também nascem grandes pautas, e de onde fluem informações que serão processadas pelas redações. Um bom trabalho de assessoria de imprensa é capaz de movimentar grandes causas”.
Fica cada vez mais claro que muitas empresas, governos e entidades recorrem ao trabalho de um assessor para divulgar suas ações, como forma de “melhorar a imagem”. São assuntos de interesse público mas que, sem o trato de um bom assessor, nem sempre seriam levados espontaneamente a conhecimento da sociedade pelas mídias.
Entretanto, há de ficar claro que nem sempre a notícia dá a imagem correta da realidade abordada. “E isso vai depender de como o assunto chega ao jornalista, de como as informações são apuradas e editadas, do acesso a fontes e dados corretos...” (MAFEI, 2007 p. 18).
Com o mercado cada vez mais competitivo, é natural que o assessor faça trabalhos para um cliente que não tem a mínima idéia de como deve se relacionar com a mídia. Paciência é a palavra de ordem nesses casos. Muitos confundem o espaço editorial com publicidade. E não é isso que o assessor faz.
Ao meu entendimento, o assessor de imprensa tem a função de intermediário entre organização e imprensa. Ele estimula as matérias, “cria” as pautas para que o assunto seja de maior interesse possível de ser publicado. Acredito que conseguir espaço nos meios de comunicação seja uma das tarefas mais difíceis. Mas, nessa hora entra em campo a credibilidade que o profissional tem no mercado.
Como expõe a autora na citação de início do texto, o assessor pode reerguer uma empresa, ou deixar cair por terra todas as possibilidades de mudar a opinião pública a respeito da organização que representa. Entretanto, há de se ficar atento às informações que a mídia divulga. Mafei diz que nem tudo o que é publicado pela imprensa é verdade. E que o poder que a mídia tem de destruir é muito maior do que o de construir. Cuidado redobrado neste caso. Além da falta de informação e de assessorados resistentes a entender o trabalho do assessor, a autora conta que, no Brasil, ainda há resistência contra os assessores de imprensa.
Talvez, esse seja um dos motivos de termos muito mais repórteres e apresentadores do que assessores. E, como eu disse, aparecer na frente da TV, ou ser a voz do momento na rádio mais “pop” da cidade traz estatus e reconhecimento. São profissionais fechados em uma bolha, sem conhecer possibilidades do mercado e da profissão. Mas, ser destaque faz tão bem ao ego.


Referência
MAFEI, Maristela. Quer encarar o desafio? In: MAFEI, Maristela. Assessoria de Imprensa: como se relacionar com a mídia. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2007. p. 17-24.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O DESIGN ATRAVÉS DO DESENHO

O desenho procedeu da cultura ocidental. Sua origem “disegno” é da cultura do renascimento italiano florentino. Sendo uma arte liberal, onde é possível expressar a sabedoria de maneira intelectual expondo a moralidade, ética e política.
A partir do século XVIII, o desenhou conquistou o desejo de autonomia junto da liberdade que sua arte afirma. Libertou-se de sua função que era somente criar para a arte tradicional e passou a funcionar, também, para as regras da sociedade.
Durante o século XX, a arte tornou-se irreconhecível. Muitos pintores ironizaram a função artística. Porem esta mesma ausência, mais tarde naquele mesmo século, seria motivo de encanto.
Com a questão da arte moderna, e perceptível a alteração da arte no sentido da perda da imagem, passando para a condição de mostrar o real e palpável.
O desenhou abandou a necessidade artística e constituiu-se ao objeto de arte, renunciando o idealismo da historia da arte, através da “forma simbólica” panofskiana. O Símbolo (Sintoma) revela a insuficiência da imagem fixada através do conceito. O Símbolo representa, mas de forma deficiente. A arte pode ser diversamente interpretada, nunca terá uma argumentação definida.
O Design e um instrumento que aspira a arte. O desenho existe para a função de materializar o projeto, o representado: tornado-o visível, classificando-o: atribuindo-lhe significado e imagina: prosseguir sua intenção. Estes três tópicos formam um triangulo, um tripé. Sem eles sua síntese nunca será concluída. Porem, e possível deformar este triangulo dando espaço para outros vértices, como a tecnologia.
O desenho é na pratica do design uma maneira de interpretar e de se auto-interpretar. O design apela para o desenho quando a menção artística de um projeto e predominante. A inovação tão cara do design pode ser mediada pelo desenho do conceito através de uma idéia. O design e a possibilidade da construção de uma idéia. E como um desenho “duplo”, a parição do real e a elaboração através de um desenho manual. Podemos concluir que o desenho para o design é seu projeto artístico historicamente. Hoje, e aquele que permite a aparição visível de uma idéia, criando um artefato de desejo.

Fonte: www.bocc.ubi.pt

terça-feira, 28 de julho de 2009

Qual o valor da felicidade?

Propaganda, Felicidade e Consumo
Ismar Capistrano Costa Filho
http://www.bocc.ubi.pt/pag/costa-filho-ismar-propaganda-felicidade-consumo.pdf

Qual o valor da felicidade?

Pensando em felicidade, podemos concluir que é um sentimento não muito simples, apesar de parecer, este sentimento é relativo de cada ser humano e o mais importante, é intransferível, não posso emprestar para devolver depois. Hoje em nossa sociedade de consumo há muitas pessoas que confundem o fato de ter e poder comprar com a difícil tarefa de ser feliz, mas se estas atitudes forem bem analisadas, no meu ponto de vista, estas mesmas pessoas podem estar se sentindo frustradas e consomem para sanar esta deficiência, que na maioria das vezes nem tem conhecimento de ter, fazendo com que estes hábitos virem um vício.
Como citado no texto, há produtos que compramos para ganhar status na sociedade e com isto nos sentirmos mais felizes, como por exemplo, os celulares que de uma simples ligação, passou para um computador de bolso e não adianta negar, pois quem que vive em nosso meio hoje que não almeja um bom aparelho? Comprar este aparelho nos trará o conforto, a satisfação e a felicidade momentânea, pois sua vida continuará e os problemas que não te felicitam também.
Sempre terá alguém por trás destes tipos de consumo, afinal como ficariam conhecidos no meio do consumo se não fosse à propaganda? Vivemos de propaganda, conhecemos tudo o que existe através desta divulgação feita, mas não é esta atividade quem diz que aquele determinado produto te trará felicidade e nenhum topo em seu grupo de amigos, mas sim nós mesmos que ao nos imaginar portando determinada “coisa” acreditamos que as pessoas irão nos dar mais valor e assim achamos que seremos mais felizes.
Não defendo a atitude do não consumismo, muito pelo contrário, sou a favor do consumo, devemos comprar o que achamos que realmente necessitamos e nunca pagar algo achando que esta comprando a felicidade eterna, tem que ter consciência que sendo uma pessoa do bem e mantendo as pessoas desejáveis ao nosso redor teremos a felicidade plena. Saber que as pessoas gostam e estão por perto de você pelo que você realmente é e não pelo que tem isto sim é felicidade e este sentimento não tem preço.