domingo, 2 de agosto de 2009

A mídia comanda o ritmo da moda

A música é a identidade de cada um. É por meio da apresentação das bandas que o público assume a se agrada ou não. Na tecnologia tudo fica mais fácil, flyers, telefones móveis, sites, chats, listas de discussão na internet, Orkut, twitter, inúmeras formas de divulgar o trabalho, eventos e shows. O artigo Música pop, e-music, mídia e estudos culturais, de Cláudio Manoel Souza, da Universidade Federal da Bahia discute o surgimento da música popular e o interesse cultural da mesma.
A primeira pessoa a atentar o comportamento dos jovens que produziam música pop em Liverpool (UK) durante os anos 80 foi à pesquisadora Sara Cohen. Mas foi Ruth Finnegan em 1989, que levantou três questões a cerca do desenvolvimento dos jovens nesta arte.
Segundo Finnegan (1989 apud SOUZA), ele se firma num corpo substancial de conhecimento e num ativo senso de escolha por parte dos músicos e público – os quais têm um claro entendimento das regras do gênero, das histórias sem hesitação sobre fazer julgamentos do valor e significado musical.
Finnegan ainda define que as jovens bandas de rock e músicos colocam um alto valor na originalidade e na expressão. O que demonstra que em torno das bandas monta-se uma estrutura organizacional, onde pessoas assumem tarefas e desenvolvem habilidades específicas.
Mas como a música é ampla, além da música popular, há também as “raves”, músicas eletrônicas que dominam a cabeça de muitos jovens.
De acordo com Stiens (apud SOUZA), a cena rave cresceu nos EUA entre 1993 e 1994. Enquanto as cenas raves na Inglaterra e Alemanha estavam se tornando “impérios” comerciais. Existem agora raves acontecendo em todo país, em todos os estados.
É a prova de que existem tribos diferentes, e cada vez surgem mais e mais. Há espaço para todos os gostos musicais cada qual com sua cultura. O conceito e-music aparece por meio dos chamados “underground”, associados as tecnologias contemporâneas com autonomia das tribos em relação ao mercado tradicional.
Vale ressaltar que a mídia faz a ilusão dos jovens, sempre há aquele ritmo que está na “modinha”. Segundo Thornton (apud SOUZA) é nesta hora que os jovens passam a ser “inocentes vítimas das versões negativas da mídia”, quando a mídia trata a cultura jovem como qualquer outro produto de mercado, vendável, enquanto notícia.
É exatamente desta forma que acontece atualmente. A mídia lança um novo estilo no mercado e faz a cabeça dos jovens para escutá-lo e virar um novo sucesso, como no caso do sertanejo universitário atual.



Referências :

SOUZA, Cláudio Manoel. Música pop, e-music, mídia e estudos culturais. Disponivel em: Acesso em 21 jul. 2009.


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