A argumentação é feita de uma fascinante forma com o uso da ironia, uma ferramenta complexa e muito maleável para o discursante. Através dela supomos e contradizemos (intencionalmente, é claro) e questionamos e afirmamos (questionavelmente, é claro). Fundamental na dialética e na retórica, a ironia direciona o discurso e sua linha de raciocínio. Torna a comunicação mais dinâmica, menos estática e previsível.
Ao ironizar algo brincamos com a imaginação das pessoas. Despertamos novas possibilidades. A ironia é feita a fim de questionar algo contradizendo uma afirmação. Na verdade, conforme o autor fala, “ironia afirma pela negação e nega pela afirmação”. É contraditória. A arte de argumentar é a arte dos contrastes. Informações são expostas ao limite para persuadir alguém. No filme “Obrigado por fumar” o personagem principal, um lobista extremamente persuasivo afirma que “o importante não é provar que você está certo e sim provar que o seu oponente esta errado”.
Fonte: “Ironia e Argumentação” de Joel Marques Esteves
http://livroslabcom.ubi.pt/pdfs/esteves-jose-manuel-ironia-argumentacao.pdf
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