terça-feira, 28 de julho de 2009

A Publicidade e a Socialização das Crianças.

Como a Publicidade pode influenciar as crianças?


As crianças estão extremamente ligadas à publicidade. Desde os primeiros anos de idade elas já começam a decidir o que querem e o que lhes interessam, tendo um crescimento cada vez mais rápido. Crianças com idades entre três e cinco anos estão cada vez mais semelhantes às de oito e nove anos de algumas décadas atrás, em especial no que diz respeito ao conhecimento, marcas e influências.
A consciência da marca começa muito cedo. Desde muito pequenos, os personagens infantis que viraram “marcas” começam a fazer parte do seu dia-a-dia, estão estampados nas roupas, na mochila, no caderno e entre eles podemos citar: Hello Kitty, Pucca, Barbie, Disney... e infinitas outras. As marcas estão por todos os lugares, principalmente na televisão. Sua presença vem se acentuando também nas escolas, como parte do material didático e como referência inserida nas lições. A influencia que a marca exerce sobre as crianças é extraordinária fazendo com que elas acabem se identificando com um determinado produto devido ao personagem famoso que estar por trás dele.
Crianças também gostam de publicidade adulta. Investigações desenvolvidas por Kapferer (1985) revelam que as crianças gostam muito de publicidade, mas ainda gostam mais da que é dirigida aos adultos do que a destinada a elas. Isto pode significar que a publicidade é um meio através do qual as crianças também se iniciam nos papéis dos adultos, tornando se uma peça importante para a construção da sua identidade.
Além disso, elas também passam a desenvolver um papel fundamental na hora da decisão de compra dos adultos. Crianças com um ano de idade já fazem associações de marca e pedidos de compra a seus pais e estão muito influenciados pela publicidade e pelo marketing. Os pais geralmente estão mais dispostos a satisfazer esses vontades e os que não tem essa disposição, de certa forma acabaram cedendo.
A influência da publicidade na criança pode gerar pontos negativos: devido ao fácil acesso a informação a criança deixa de viver a ‘essência de ser criança’, trocando brincadeiras infantis com: bola de gude, amarelinha, futebol pela tecnologia. (televisão, internet, games...).
Por outro lado quem ganha é o mercado. As crianças são interessantes para as empresas e agências por causa do seu poder aquisitivo, e por serem um publico alvo de fácil convencimento. O mundo fantasioso da infância consome com a mesma intensidade um comercial e um desenho animado. Aí nos perguntamos: O que é, e o que não é validamente ético fazer na publicidade para seduzir as crianças?


Fontes: www.lamac.org/.../O_bebê_manda_em_casa_-_a_evolução_do_marketing_infantil/
http://bocc.ubi.pt/pag/pereira-francisco-higgs-rosario-publicidade-socializacao-criancas.pdf

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