quinta-feira, 30 de julho de 2009

Os segredos do texto falado na televisão

Resenha
PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.

Neste capítulo a autora Vera Ítis Paternostro aborda o texto escrito para ser falado na televisão. Através de dicas e orientações, ela apresenta de que forma o jornalista deve se comportar na hora de redigir o texto da reportagem. Em todo o capítulo a autora dispõe de exemplos práticos, com algumas frases escritas de maneira certa e errada.

Para não cometer erros como frases sem sentido, falta de informação, palavras repetidas e estilo pobre, Vera Íris ressalta a todo momento que é preciso o texto redigido em voz alta. Esta é uma das dicas da autora do livro. Mas esta é acompanhada da preocupação com a sonoridade das palavras. “No telejornalismo, o efeito sonoro do texto passa a ter real importância, já que estamos trabalhando em um veículos em que o sentido da audição é muito explorado”.(p. 67)

Outra preocupação da autora é com a utilização de frases curtas e pontuação correta. Para ela, textos com frases menores ficam mais compreensíveis. Sobre a pontuação, Vera Íris diz que é importante para dar velocidade à escrita. Segundo a autora, todos esses detalhes são percebidos novamente na leitura em voz alta. “O texto de TV deve ser estendido de forma instantânea pelo telespectador. Não dá para ele voltar atrás e ouvir de novo”.(p70)

Claro que todas as dicas abordadas pela autora são importantes para construção do texto para ser falado na televisão. Mas é bom lembrar que somente essas regras não bastam na hora de redigir um bom texto para a TV. O jornalista precisa perceber que ele vai falar para diversos tipos de pessoas, várias faixas etárias, estilos, grau de escolaridade, etc. É justamente neste momento que o profissional precisa refletir sobre o que está escrevendo e como cada um desse telespectador vai receber a notícia.

A autora destaca orientações simples, mas que muitas vezes passam despercebidas pelo jornalista. Algumas situações como a pressa fazem com que o profissional não leia o texto escrito, por exemplo. E é aí que aparecem os erros, conforme é dito no capítulo do livro. São pequenas falhas que o jornalista precisa ficar atento, para que elas não se transformem em grandes erros durante a construção do texto.

Mas seguindo as orientações exploradas no capítulo a tendência é de que o jornalista sempre deverá construir um bom texto para ser falado na televisão. Ler a reportagem em voz alta antes de gravar, cuidar com a pontuação, com a utilização das frases curtas, falta de informações, entre outras pequenas regras, deixa os telespectadores com mais facilidades de entender a reportagem. E justamente esse é o principal objetivo, falar com a pessoa que está assistindo e deixar ela bem informada e esclarecida.

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